24 de jun. de 2009

Lideranças Prestigiam a Megacampanha da SBB

Duas solenidades no mês de maio marcaram, respectivamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, o lançamento oficial da campanha “É tempo de ouvir a Palavra de Deus“, iniciativa da SBB cujo intuito é chamar a atenção de todos os brasileiros para a necessidade de se reservar um tempo diário de comunhão com a mensagem bíblica. Em ambas as ocasiões, mais de 400 lideranças religiosas no total estiveram reunidas e se mostraram otimistas com a pioneira ação, que pretende mobilizar 10 milhões de pessoas entre 2009 e 2010.
Inscreva-se agora e confira a opinião das lideranças      religiosas no hotsite da campanha.
SBB LANÇA LOJA VIRTUAL PARA LIVROS ELETRÔNICOS 

Para facilitar o estudo e pesquisa do Livro Sagrado, a SBB inaugurou a loja virtual da Biblioteca Digital da Bíblia. Inicialmente, estão disponíveis 25 livros eletrônicos, cujas licenças poderão ser adquiridas e os arquivos baixados diretamente da Internet para o computador. Utilizando do sistema da Biblioteca Digital Libronix, a nova loja virtual encontra-se no mesmo endereço da já consagrada loja virtual para produtos em formato impresso e multimídia, a SBB PontoCom. Saiba mais detalhes no site da SBB.



Atitudes que ajudam a pregação da Palavra de Deus.
 Fonte:
   http://www.sbb.org.br/tempodeouvir/interna.asp


19 de jun. de 2009

Aniversário da Assembleia de Deus


  Hoje (18 de Junho de 2009 ) a Assembleia de Deus no Brasil completa 98 anos de existência, louvamos a Deus por todas as vitórias alcançadas neste período. Foram muitas lutas, dificuldades e barreiras, mas todas elas foram e estão sendo vencidas em Nome de Jesus. E isto só foi possível graças a estes dois homens de Deus, que se deixaram ser instrumentos na mão de nosso Deus.
 "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.  Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda." Jesus em João 15.15 e 16
Que Deus continue a abençoar esta obra em Nome do Senhor Jesus Cristo. 

18 de jun. de 2009

Como Celebrar o dia da Bíblia

O Dia da Bíblia é dedicado à realização de eventos e pode ser comemorado tanto no segundo domingo de dezembro quanto ao longo de toda a semana que antecede a data. As atividades programadas são variadas e vão desde cultos até maratonas de leitura bíblica que mobilizam milhares de pessoas. Conheça a seguir como a Semana da Bíblia é comemorada.

:: Cultos – As igrejas planejam e realizam cultos especiais no Dia da Bíblia. Nestes cultos é lembrado o grande amor de Deus ao entregar a sua Palavra aos homens e o valor dessa Palavra na vida das pessoas. Em geral, nesses cultos são recolhidas ofertas especiais para ajudar na distribuição da Bíblia no Brasil e no mundo.

:: Carreatas – Muitas igrejas organizam desfiles de carros pelas principais ruas da cidade, ostentando faixas com versículos bíblicos. Carros alegóricos, com representações de Bíblias, normalmente fazem parte da carreata.

:: Concentrações – Igrejas de muitas cidades organizam concentrações públicas para celebrar o Dia da Bíblia. Estas concentrações ocorrem em praças, ginásios esportivos, estádios e outros lugares de fácil acesso ao público. Um culto público com pregação da palavra, orações e apresentação de corais e conjuntos musicais, normalmente é o clímax da celebração. Bíblias, Novos Testamento, Porções Bíblicas e Seleções Bíblicas são distribuídas nas concentrações.

:: Maratona - As igrejas organizam maratonas de leitura bíblica em seus templos ou em lugares públicos. Essas maratonas seguem dois modelos. No primeiro os textos são selecionados e lidos publicamente, normalmente em lugares com grande fluxo de pessoas. No segundo caso, é feita a leitura ininterrupta de todo o texto bíblico. Pessoas são escaladas para darem continuidade à leitura e ela só é interrompida quando se completa a leitura de toda a Bíblia. Normalmente esta leitura leva mais de um dia para ser concluída e implica em uma vigília.

:: Monumentos – Já vem de décadas o costume de levantar monumentos à Bíblia em praças públicas das cidades. O monumento à Bíblia é um testemunho público da importância da Bíblia para as pessoas e para a sociedade e, ao mesmo tempo, um marco da importância da Bíblia para a cultura do povo.

:: Distribuição – Existem igrejas que no Dia da Bíblia efetuam uma distribuição maciça de folhetos (Seleções Bíblicas), para que o povo conheça o valor da Bíblia em suas vidas. Também são feitas distribuições de Bíblias, Novos Testamentos e porções bíblicas. A distribuição de Bíblias, em geral, é feita em escolas, hospitais, empresas, quartéis ou outros tipos de organização.

:: Pedalando por Bíblias – Em vários países são organizados passeios ciclísticos para divulgar a Bíblia e arrecadar fundos em favor da causa da Bíblia. No Brasil esses passeios começaram a ser realizados no ano de 1998 e são chamados de "Pedalando por Bíblias". Igrejas e entidades cristãs tomam a iniciativa de organizar o passeio. Cada participante, ao se inscrever, doa uma ou várias Bíblias para serem distribuídas a pessoas ou entidades necessitadas. Fazendo sucesso por onde passa, a iniciativa surgiu em 1984, na Austrália, com o ciclista Bob Forrest. Nesta ocasião, ele percorreu os 900km que separam Sidney e Melbourne, na companhia de seu filho e de um amigo. Para cumprir esse percurso, o australiano conseguiu patrocinadores e destinou os recursos obtidos a projetos de distribuição de Bíblias. Replicado em mais de 20 países, como Alemanha, Argentina, Hong Kong, Namíbia, Sri Lanka e Suíça, o projeto foi adotado no Brasil em um formato que mobiliza milhares de pessoas em torno da divulgação da Bíblia Sagrada.

:: Jograis - Dentro da programação muitas vezes são incluídos jograis com temas bíblicos que podem ser realizados com a participação de várias pessoas. Abaixo, disponinilizamos para você os dois modelos:

A. Primeiro Jogral da Bíblia Sagrada - de Waldir J. Silva

Recomendações:
:: Pode ser realizado com 6 pessoas ou 6 pares; com 12 pessoas ou 12 pares.
:: Todos devem estar com as Bíblias na mão, levantando-as e fazendo gestos ao falarem.

1: Bíblia Sagrada é o Livro...
2: Que contém a verdade dos céus.
3: Profetas e Apóstolos a escreveram...
4: Com suas penas, mas inspirados por Deus.
5: É uma espada de dois gumes...
6: Que corta o mal ao pecador...
7: E é um mapa detalhado...
8: Que certo guia o viajor.
9: É uma lâmpada brilhante...
10: Que alumia o caminho do cristão.
11: Em suas páginas escrito...
12: Está o necessário para dar ao mundo salvação.

Todos: BÍBLIA SANTA DO SENHOR.

1: Bíblia Sagrada é o Livro...
2: Inimitável pelo mais sábio escritor.
3: Somente a compreendem e a obedecem...
4: Sábios e leigos, mas de Cristo um seguidor.
5: Tem o conselho pronto e certo...
6: Aos que a desejam consultar...
7: E tem a justa punição...
8: Aos que a verdade desprezar.
9: Tem o alento para o crente...
10: O caminho do perdão ao pecador.
11: Sessenta e seis livros inspirados...
12: Em um só livro Bíblia Santa do Senhor.

Todos: BÍBLIA SANTA DO SENHOR.

B. Segundo Jogral da Bíblia Sagrada - de Waldir J. Silva

Recomendações:
:: Pode ser realizado com 13 pessoas ou 13 pares.
:: Todos devem estar com Bíblias na mão, levantando-as e fazendo gestos ao falarem.

B: Eu sou o “B” da Bíblia Sagrada
Í: Eu sou o “I” do ide por todo o mundo, pregai o Evangelho.
B: Eu sou o "B" do Brasil gigante e forte do Chuí ao Oiapoque.
L: Eu sou o "L" de levai as boas novas de Jesus ao povo.
I: Eu sou o "I" de irmãos unidos levando a Bíblia ao mundo.
A: Eu sou o "A" de avançar sem recuar e a Bíblia levar.

S: Eu sou o "S" de Santidade.
A: Eu sou o "A" de Alegria.
G: Eu sou o "G" de Grandeza.
R: Eu sou o "R" de Resposta.
A: Eu sou o "A" de Arrependimento.
D: Eu sou o "D" de Divindade.
A: Eu sou o "A" de Amor.

Todos: BÍBLIA SAGRADA

Fonte:

Sociedade Biblica do Brasil

17 de jun. de 2009

Dia da Bíblia

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

Fonte:
Sociedade Biblica do Brasil

10 de jun. de 2009

Início da Escola Dominical

Escola Dominical

                        “A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore”

Ruth Doris Lemos

   Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista, Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos.          Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos.
   Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime.
   A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um polo industrial com grandes fábricas de têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.
Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer?

Por um futuro melhor
Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.
Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho, e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No próximo editorial, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho.
O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.
Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.
As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruistas da cidade, que contribuíam oara este nobre esforço.

Movimento mundial
No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava – os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado, e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas aturas, algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia.
As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados.
A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical, e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança.

  A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos” contou a história de Jonas, mais com gestos, do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Mas, ela viu tantas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.
  Com o passar do tempo aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil.
   No mundo, há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem, sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres, analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo.


Ruth Dorris Lemos é missionária norte-americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de Teologia e uma das fundadoras do Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba (SP)




Crédito: Igreja Evangélica Fluminense

Legenda: Os missionários Robert e Sarah Kalley, instrumentos usados por Deus para fundar a Escola Dominical no Brasil

Crédito: Gernheim/Igreja Evangélica Fluminense
Legenda: Residência do casal Kalley, em Petrópolis, onde funcionou a primeira aula de Escola Dominical.

3 de jun. de 2009

HOMILÉTICA

1º ACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO

O sermão é caracterizado como um bom sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam intelectuais ou morais, mas pela qualidade do sermão:

  • 1. UNÇÃO

Todo sermão deve ter iluminação divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.

Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos e não estamos transmitindo conhecimento humano, mas a Palavra de Deus é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é fundamental a unção.
  • 2. FIDELIDADE TEXTUAL

Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que toma um texto como referência e depois se esquecem dele.
  • 3. UNIDADE

Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.
  • 4. FINAL

Tudo tem um começo e um final. O Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente. Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.

 COMO PREPARAR UM SERMÃO
  • A - O PENSAMENTO CENTRAL

O pensamento central é a mensagem, ou seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no sentido positivo.

Exemplo: Será que existe Deus? É um tema indesejado, pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado? É um tema sugestivo, pois fortifica a fé.

Em alguns casos o pregador fala o título (Tema) da pregação outras vezes não é necessário, porém no esboço é aconselhável colocar.

O orador deve ser um homem de Deus e que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.
  • B – Titulo pode ser:

Imperativo Quando sugere uma ordem. (Ide Marcos 16.15)

Interrogativo Quando sugere uma pergunta. (Que farei a este povo? Ex. 17.14).

Enfático Quando é reduzido. (Amor, Fé)

A origem pode ser:

Através da leitura da Bíblia.

A Bíblia contém argumentos, respostas, exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.

Cristo usou a Palavra de Deus (Bíblia) para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como fontes de inspiração para nossos sermões devem observar os recursos internos e os externos.

As literaturas religiosas e não religiosas.

Todas as literaturas podem ser fontes de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito Santo.

As fontes podem ser: jornais, revistas etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração, pois constitui também na Palavra de Deus.

Em uma observação.

É uma rica fonte de inspiração, desde que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias maneiras.

Mateus 6.28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; o pregador deve observar: Rios, pedras, árvores, animais, etc.

Através da oração;

Na letra de um hino;

Em obras literárias (religiosa ou não ).

1º - 3 MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES

Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:
  • A - ver e ler o sermão

Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.

Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado como vai falar.

Pode citar os textos bíblicos com bastante precisão, e gasta menos tempo em dizer o que tem a transmitir.

O pregador deve ter cuidado, pois este método traz alguma desvantagem tais como:

Muito tempo para escrever, fica preso à leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem todo pregador sabe ler de maneira que impressione.
  • B – escrever, decorar, e recitar o sermão

Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.

Cuidado deve ser tomado, pois o pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão é cair em descrédito.
  • C – PREPARAR UM ESBOÇO E PREGAR

O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular.

O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também podem expandir seu temperamento emocional.

Este é o método mais utilizado na oratória.

Cuidados também devem ser tomados, pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.
  • D – PREPARAR A INTRODUÇÃO

É o início da pregação.

O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.

Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.

Outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida até o final do sermão. A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa. Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos. Nunca (em hipótese alguma) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.
  • E – ESCOLHA DO TEXTO

É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão, porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:

Textos longo Cansam os ouvintes. (Salmo 119)

Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. (I Cor. 11.10 Véus)

Textos difíceis Os ouvintes não entendem. (Ef. 1:3 Predestinação)

Textos duvidosos “E Deus não ouve pecadores" (João 9.31)
  • F – ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO

De posse do pensamento central e o texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há temas que não permitem.


2º ESTUDO BÍBLICO

Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância.

O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usados como divisões do tema.

Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição.

Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.

Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço.

Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de se desenvolver.
  • 1. FIDELIDADE TEXTUAL

Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que toma um texto como referência e depois se esquecem dele.
  • 2. UNIDADE

Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.

"Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".

A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO
  • A – O Próprio Pedro admitiu que houvesse textos difíceis de entender: “os quais os indoutos e inconstantes torcem pela sua própria perdição” (2 Pedro 3:15 e 16).

  • B – A arma principal do soldado cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor ou ignora o seu legítimo uso, que soldado será? (2 Timóteo 2.15).

  • C – As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico, conforme os princípios hermenêuticos.



 A REGRA FUNDAMENTAL

A Escritura é explicada pela própria Escritura. A Bíblia interpreta a própria Bíblia..
  •  PRIMEIRA REGRA

Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e ordinário..
  • SEGUNDA REGRA

É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase..

Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figuradas. Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto do versículo indica.
  • TERCEIRA REGRA

É necessário tomar as palavras no sentido que indica o texto, isto é, os versos que precedem e seguem o texto que se estuda.
  •  QUARTA REGRA

É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
  • QUINTA REGRA

É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (I Cor 2.13) .
  • SEXTA REGRA

Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia Ter significado para seu autor ou seus leitores.
  • SÉTIMA REGRA

Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações de vida específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a Palavra de Deus para nós é a mesma que sua Palavra para eles.



3º CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO

O sermão é classificado por duas formas, a saber: pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou expositivo.

1. Pelo assunto

- Doutrinário. É aquele que expõe uma doutrina. (Ensinamento)

- Histórico. É aquele que narra uma história.

- Ocasional. É aquele destinado a ocasiões especiais.

- Apologético. Tem a finalidade de fazer apologia. ( defender )

- Ético. É quando exalta a conduta e a vida moral e ética.

- Narrativo Quando narra um fato, um milagre.

- Controvérsia tem por finalidade atacar erros e heresias.

2. Pelo método

- Tópico ou Temático.

É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema.

A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por quê? Como? Quando? O Que? Onde?


- Textual.

São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.

- Expositivo.

Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)

Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.

4º DIVISÃO DO SERMÃO

O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:

1. Introdução (Exórdio)

Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.

Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.

Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.

Deve ser breve, é muito importante, pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter: o anúncio do tema, texto a ser lido.

2. Texto

É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.

Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.


3. O corpo

É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.

É o mesmo que desenvolvimento do sermão.

O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões.

Deve chamar à consciência dos ouvintes para colocar em prática os argumentos expostos.

O pregador deve saber colocar em ordem as divisões, ou seja, os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte.

Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.

4. Conclusão

A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselháveis.

A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.

Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.



5º ILUSTRAÇÃO

1) Definição

A palavra “ilustração” vem do latim, ilustrare, signica “lançar a tornar algo mais luz ou brilho, ou tornar algo mais evidente claro.

Os educadores reconhem que uma das principais leis de ensino, para alcançar a mente e o coração é a associação de idéias. O material ilustrativo tem sido comparado a janelas, que deixam a luz entrar e ilumina uma casa. A ilustração visa ajudar os ouvintesa “viver a verdade”;


2) O uso de material ilustrativos na Bíblia
  • Natã: Usou a ilutração de um homem pobre com uma cordeirinha para levar o Rei Davi a condenar-se a si mesmo (II Sm 12.1-14);

  • Aías: Rasgou sua roupa nova em doze pedaços e deu dez para Jeroboão, representando o fato de que Deus havia determinado que dez das tribos de Israel seriam tiradas de Reoboão (I Rs 11.26-40)

  • Isaías: Enquanto pregava durante certa época de seu ministério, andou descalços e despido como sinal de como o povo de Deus seria levado pelos Assírios, Egípcios e Etíope (Is 20.1-6);

  • Jeremias: Usou muito sermões visuais, como a parábola do cinto de linho (Jr 13.1-11), o jarro quebrou (Jr 113.12-14), o vaso do oleiro(Jr 18.1-17), a botija quebrada (Jr 19.1-15), os canzis simbólicos (Jr 27.1-22), além da compra de um erreno que simbolizava a esperança na restauração de Israel depois do exílio (Jr 32.1-25)

  • Ezequiel: Usou tanto o método visual e ilustrativo que chegou a se queixar com Deus: Ah Senhor Deus! Eles dizem de mim: não é este um fazedor de alegorias? (Ez 20.49)

  • Jesus Cristo: Quase sempre usava material ilustrativo para apresentar conceitos de natureza espiritual. As parábolas (50% do Evangélio de Lucas é composta de parábolas). O uso de uma moeda para ensinar o dever do bom cidadão (Mt 22.19). A pregação significativa através de uma bacia e de uma toalha (Jo 13.1-17). Jesus também falou das aves do céu, lírios dos compo, do pão, da água. Jesus, também usosuma criança para mostrar que é preciso se tornar como uma criança para entrar no Reino de Deus.

3) Os propósitos para o emprego do material ilustrativo

a) Despertar o interesse e prender a atenção dos ouvintes;

b) A clarar, iluminar e explicar as verdades apresentadas;

c) Confirmar, fortalecer os argumentos apresentados e persuadiar os ouvintes;

d) Ajudar os ouvintes a gravar a grarem bem as idéias do sermão;

e) Tocar nos sentimentos dos ouvintes;

f) Dar mais vida ao sermão;

g) Ornamentar e embelezar o sermão;

h) Tornar o sermão mias agradável, proporcionar descanço mental aos ouvintes;

i) Ajudar com a repetição da verdade;



4) Tipos de Ilustração e fontes de bom material ilustrativo

i. A propria Bíblia é um verdadeiro tesour de ilustrações. Elas dão até mais autoridade ao semão. São autênticos e atuais!

ii. o mundo da literatura;

a) Biografias da literatura;

b) Obras e autobiografias;

c) Poesias;

d) Drama (como Shakespeare), mitologia (egípcia, grega, romana), fábulas e fonclore relacionada as à vida de países e regiões, etc.

iii. A história. Aquilo que aconteceu no passado e também aquilo que está acontecendo em nossos dias, como aparece nos jornais, revistas.

iv.Experiências pessoais;

v. A ciência e a medicina;

vi. Obras de arte, e etc.


5) Advertências quanto ao uso de ilustração

a) Não é necessário ilustrar as coisas óbvias;

b) ilustração que tem pouco a ver com o ponto que está sendo focalizado no sermão;

c) Evite ilustração cujas bases não têm nenhuma relação com a vida dos ouvintes;

d) Evite ilustração que parecem exageradas ou improváveis, mesmo que acontecido;

e) Não faça do sermão somente de ilustração;

f) Evite ilustração que exija muita explicação para entende-la;

g) Tenha cuidado com ilustrções enlatadas.


Estudo feito para uma apresentação na FAESP-Guarulhos por:

EDERALDO MANFRIN



FÁBIO VENTURA


JOSÉ BENEDITO


SIDNEI


ZIZA