19 de mai. de 2009

Cinco Tipos de Religião que Julgavam os atos de Jesus

  Séculos de domínio estrangeiros produziram uma grande crise de identidade no judaísmo. Não havia um pensamento único e predominante a ser focado pelo povo, a única ideia que tinham em mente era a vinda do Messias. Embora o judaísmo era muito forte na cultura hebreia, as discórdias era muito corrente entre o povo.
  Jesus nasceu, viveu e morreu em um ambiente de total complexidade e adversidade de pensamentos e conflitos étnicos nesta sociedade, desde o cativeiro Babilônico (I Cr 09.01) em 612 a. C., Império Medo-Persa (2 Cr 36.20) 538 a 333 a.C., o qual substituiu o Império Babilônico, o Império Grego foi fundado por Alexandre, o Grande, cerca de 333 AC, e substituiu o Império Medo-Persa]) e o Império Romano, primeiro e segundo séculos a.C. a 476 d.C., que ocuparam toda a Palestina.

  No topo da pirâmide estavam os Saduceus, grandes proprietários de terras e membros da elite sacerdotal. Esse grupo seguia uma política de conciliação com os dominadores romanos. O centro de suas atividades era no Templo de Jerusalém e, em matéria religiosa, aceitavam apenas que estavam escrito na Torá (cinco primeiros livros da Bíblia) constituída dos Livros de: Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Foram os principais acusadores de Cristo (Mt 27,12).
  O segundo grupo era os Fariseus (do grego pharisaicos), provenientes de uma palavra aramaico que significa "separar".
  Os Saduceus e Fariseus a apareceram como partidos distintos na última metade do século II a.C., embora representassem tendências muito mais antigas na história Judaica, tendências que se tornaram pronunciadas depois da volta do cativeiro da Babilônia (537 a.C.).
  Eles se isolaram do resto da comunidade pelo cumprimento minucioso das regras de pureza prescritas no Torá. Nacionalistas, esperavam um Messias guerreiro que libertasse Israel da dominação romana. Participavam do Sinédrio, mas não atuavam preferencialmente nas Sinagogas espalhadas pelo país.
  Os doutores da Lei (Escribas), do grego grammateus, que também entende-se como professor da Lei. Não formavam um partido, mas gozavam de enorme autoridade por ter entre seus membros os intérpretes das Escrituras. Suas funções concernentes à Lei, eram ensiná-las desenvolve-las e usas-las com relação ao Sinédrio e aos vários tribunais locais. Eles também se ocupavam com os escritos sagrados históricos e didáticos. Davam a maior importância aos elementos ascéticos pelos quais a nação era especialmente separada dos gentios.
  A vida sob a direção deles se tornou um fardo, eles mesmos procuravam fugir furtivamente dos próprios preceitos (Mt 23.16; Lc 11,46).
  Existiam também os Essênios, constituídos por sacerdotes dissidentes e adversários da ordem estabelecida. Moralistas , viviam comunidades fechadas e consideram-se os únicos renascentes "puros" de Israel e fazia oposição à propriedade privada e ao comércio. Aspirantes ao grupo deveriam passar por um período de iniciação que demorava 3 (três) anos e culminava no ritual do batismo. combatiam os romanos e a elite sacerdotal, abominavam os sacrifícios praticados no Templo e esperavam o Messias para deflagrar a guerra santa que instauraria o reino dos justos.
  Finalmente, também na "extrema esquerda" daquele tempo, havia os Zelotes, dissidentes radicais dos fariseus. Na maioria pequenos camponeses, eram ultranacionalistas e dominadores pagãos. Eram ferozmente perseguidos pelos romanos. Entre os discípulos de Jesus, havia pelo menos 2 (dois) zelotes - Simão e Jeduas Iscariotes (Mc 3:18).

 Cinco religiões, cinco ideias diferentes, todas com um o seu próprio, nenhuma delas a favor do povo, sim em busca do poder, do controle sobre Israel. A ideia de governar pela força era muito forte consistente para governar com amor e misericórdia do Senhor.
  Jesus não foi aceito por suas pregações por serem diferentes das outras cinco, mas por se tratar de um modelo de governo pelo amor (do grego ágapo), perdão e misericórdia com o próximo.
  Governar por riquezas e não por uma vida simples e de repartir com os mais necessitados. Era cada grupo por si, e seus ideais como verdades absolutas por todos.

  Jesus não teve espaço porque sua política de administração era em favor do povo centralizado apenas em Deus, sua pregação era de um reino muito distante dos cinco ideias, Jesus não era um Davi, um Gideão ou até mesmo um Sansão, não era o Messias esperado por eles, tinha que ser um Messias guerreiro, não pelo amor e sim pela força.

A propósito religião não salva ninguém só Jesus Cristo Salva.


Fonte: Dicionário Vine
  Revista Época nº. 304 de 15 de Março de 2004

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